terça-feira, 16 de agosto de 2016

Palavras soltas...


Em dias turbulentos, tais de tamanha inconstância, buscando descanso em minutos desatentos, desligados da realidade. Qual a beleza que vemos? Essa supervalorizada, em inícios de relacionamentos tão poucos nem tão duradouros, é uma confusão ao acharmos só uma beleza digna de sentimentos. Afinal pelo que estamos interessados, status, popularidade, atenção?

A beleza está mais além do que aparentar ser, e muito menos do que mostra. Há sentimentos, há suspiros inexplicáveis, há momentos memoráveis, há desejos bobos, e uma saudade infinita que hora parte e completa um amor, esse sim em verdade deve ser valorizado. Tão perdido, és mais belo a beleza em amar do que outras coisas mais.


Em seu dia contemple outra maior beleza, a de acordar, podendo viver mais possibilidades, a encontrar seu amor, em uma lanchonete, no ônibus, em um evento, numa reunião de negócios, em um bar, na sala de aula, ou em uma outra sala tão perto de ti, demasiadas possibilidades, não a limite por futilidade, não se limite por receio, pois a atenção vem de lugares que você renega, comece a fazer diferente, um novo. Sinta. Abra os olhos. Um agora de momentos, na hora, pois não há outra se não essa de ser feliz e amado, quando se permite viver. É do Amor que partirá infinita beleza, e é nele que se encontrará. 




Lilly S. 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Por nosso silêncio

Qualquer coisa transforma-se dentro de nós
e o que nasce do olhar se torna o universo inteiro.
Não há tantas filosofias, há sentidos
e isso não é ilusão. Não é.

Recorda os fatos que se entrelaçam
Recorda o doce amanhecer, o silêncio
o olhar a procura do olhar,
a mente em oração, e o coração.

Qualquer coisa profundamente importante
transforma-se dentro de nós, razão de coisas sem razão
Há silêncio, mas não há ausência, pensamento com pensamento.
Recordação de um caminho, recordação de um olhar.

Recorda os fatos que se entrelaçam
Recorda o doce amanhecer, o silêncio
o olhar a procura do olhar
os passos ao encontro do teu.




Colaboração da Andarilha

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ampulheta


Grão por grão
sereno e indiferente
escorre o tempo

E te digo, eu acreditei
na parada brusca, no ante giro
virarmos de ponta a cabeça...

Quão assustador foi, realismo
perceber a ausência justificada
do tempo que não temos na mão

Leve certeza escorrendo, dia a dia
dos grãos que não voltam mais
do tempo nunca outrora estático

E foi para nós, o símbolo certo;
grão a grão
escorre o tempo, se vai.